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Indústria moveleira do Brasil em busca de novos mercados - 19/03/2012

A indústria brasileira de móveis está em busca de novos mercados para reverter a queda de 24% nas exportações sofrida entre 2007 a 2011. Segundo a Associação Brasileira das Indústrias do Mobiliário (Abimóvel), as vendas externas das moveleiras foram duramente afetadas pela crise financeira internacional deflagrada em 2008 nos Estados Unidos e pela competição com os produtos chineses no mercado internacional. O projeto Brazilian Furniture – criado em 2005 pela Abimóvel e pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) para capacitar firmas que querem vender a outros países – escolheu nove mercados para serem os alvos principais de rodadas de negócios em 2012: Colômbia, Peru, Chile, EUA, México, Emirados Árabes, África do Sul, Angola e Rússia. “Como mercados secundários, temos Catar e Panamá, hubs em suas respectivas regiões”, diz Adriana Katekawa, responsável pela área de Inteligência Comercial do Brazilian Furniture.

“Hoje, o objetivo é aumentar a participação nos países escolhidos. Para eles, serão elaboradas participações em feiras de negócios e a prospecção de mercado in loco”, conta Adriana, acrescentando que não há estudos para ações na União Europeia. Ela lembra que, apesar de São Paulo ser o maior produtor de móveis, o Rio Grande do Sul e Santa Catarina são os estados que mais exportam (sendo responsáveis por 60% das vendas), por estarem perto de países importadores, como a Argentina.

“A variedade de mercadorias brasileiras exportadas é muito grande, atendendo a segmentos baixos e altos. São produtos tradicionais, contemporâneos e clássicos, com pouco ou muito design”, afirma Adriana Katekawa. Números levantados pelo Brazilian Furniture mostram alguns dos destaques do setor em 2011. Foi a Rússia o país que pagou o maior preço médio por produto no ano passado, chegando a US$ 9,81 por quilo. Cerca de 80% das vendas para lá consistiram em móveis de madeira. As exportações para a Colômbia se dividiram em móveis de madeira (48%) e de metal (45%). O preço médio das exportações para o país cresceu 24%, alcançando US$ 2,90 por quilo exportado. Já as vendas para a África do Sul concentraram-se nos móveis de madeira (75%). O preço médio aumentou mais de 10%, chegando a US$ 1,60 por quilo. Os EUA continuam sendo o principal mercado consumidor das empresas de móveis do Brasil (12% do total embarcado em 2011). Logo após estão o Peru e o Chile.

De acordo com o relatório mensal de inteligência de mercado do Brazilian Furniture, as exportações brasileiras de móveis somaram US$ 33,3 milhões em janeiro, queda de 2,96% o mesmo mês do ano passado. No campo das importações, as compras do País caíram para US$ 19,5 milhões, redução de 7,25% no período. Comparando com janeiro de 2008 (ano mais antigo informado no relatório), as vendas externas do setor caíram 24,6% e as importações cresceram 126,9%. Os mercados que mais aumentaram as compras de móveis do Brasil em janeiro deste ano, em comparação com o mesmo mês de 2011, foram o Peru (276,4%), o Catar (100,8%), a África do Sul (48,3%) e o México (20%).

Revista Comércio Exterior - Banco do Brasil
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