O Banco Mundial reduziu ontem sua previsão de crescimento da China em 2012 de 8,2% para 7,7%, que será o mais baixo índice de expansão da segunda maior economia do mundo em mais de uma década. Para o próximo ano, a instituição prevê reação da atividade e alta de 8,1% do PIB.
O menor ritmo chinês e a retração na demanda nas regiões desenvolvidas levaram o Banco Mundial a também rever sua estimativa de crescimento do leste da Ásia de 7,6% para 7,2% - os dados excluem Japão e Índia. Os números revistos ontem haviam sido apresentados em maio.
Segundo a instituição, a perda de fôlego da China foi provocada pela debilidade nas exportações e menor aumento dos investimentos, dois dos principais pilares da expansão do país nos últimos anos. Em 2011, a China cresceu 9,3%.
Sétima queda. As autoridades de Pequim vão anunciar nas próximas semanas o resultado do PIB do período de julho a setembro, que deve marcar o sétimo trimestre consecutivo de redução no ritmo de expansão do país. Entre abril e junho, a alta foi de 7,6%, o menor índice desde o início de 2009, quando a crise financeira global estava no auge.
"A desaceleração da China neste ano é significativa", ressalta o relatório do Banco Mundial. "O ímpeto de crescimento deve ser fraco nos próximos meses, com limitada flexibilidade da política, correção no mercado imobiliário e demanda externa débil." A estimativa de 7,7% é bem próxima da meta oficial de crescimento para este ano, de 7,5%, que na prática funciona como um piso para a expansão econômica. Nos oito anos anteriores, o índice fixado pelo governo era de 8% e foi sempre superado pelo resultado final do PIB.
A China conseguiu ficar imune aos efeitos da crise global graças a um megapacote de estímulo anunciado em novembro de 2008. Nos três anos seguintes, houve uma explosão de empréstimos bancários e de investimentos, com início de obras de infraestrutura em todo o país.
O já elevado peso dos investimentos na composição do PIB cresceu de maneira desproporcional e acendeu a luz amarela em relação à sustentabilidade desse modelo de crescimento. O Banco Mundial observa que o cenário mudou no ano passado: "Em 2011, o consumo chinês contribuiu mais para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do que os investimentos, pela primeira vez desde que os registros começaram, em 1952", diz o relatório da instituição.
Mas a avaliação de alguns analistas de que o movimento indicava o início do "rebalanceamento" da economia pode ser frustrada pelo esperado aumento dos investimentos nos próximos meses, acredita o banco.
Desde maio, o governo chinês acelerou a aprovação de projetos de infraestrutura e no mês passado anunciou obras no valor de US$ 150 bilhões.
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