Desde 2009, foram realizadas seis reuniões de cúpula de chefes de Estado e de governo do G-20, o grupo das 20 maiores economias do mundo, todas com foco na crise da Europa e no crescimento modesto dos Estados Unidos e do Japão.
Em São Petersburgo, na Rússia, a pauta central vai se inverter: agora, os emergentes são o centro das atenções.
Temas como o estímulo ao crescimento e, sobretudo, o controle da desvalorização cambial em países como Brasil, Turquia e índia já mobilizam os debates. A turbulência nos países emergentes, que o ministro da Fazenda brasileiro, Guido Mantega, classificou de "minicrise", vem sendo provocada pela ansiedade dos investidores que vêm se antecipando ao impacto da redução dos estímulos à economia feitos pelo Federal Reserve (Fed, o banco central americano). Em maio, a autoridade monetária dos EUA informou que estudava reduzir a compra de títulos americanos, que soma US$ 85 bilhões todos os meses e tem como objetivo fomentar o crescimento.
A perspectiva da mudança nos Estados Unidos levou a uma fuga do capital especulativo dos países emergentes. Dentre os Brics, o maior prejudicado até aqui foi a índia, cuja moeda, a rupia, perdeu 25% de seu valor em relação ao dólar em 2013.0 efeito também foi sentido no Brasil, onde o real recuou em 15% no período, na Turquia, onde a libra turca perdeu 11%, e na Rússia, onde o rublo recuou 10%.
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