facebooklinkedin
Publicidade
:: Home :: Notícias :: Noite dos Campeões do Comércio Exterior
Notícias Veja mais
Noite dos Campeões do Comércio Exterior - 25/02/2014
Justa homenagem: os representantes das 26 empresas contempladas com o prêmio "Exporta, São Paulo" exibem os troféus recebidos em festa realizada ontem em hotel na Capital. O presidente da ACSP e da Facesp, Rogério Amato, discursou na cerimônia. / Paulo Pampolin/Hype

O Exporta, São Paulo, projeto da SP Chamber of Commerce, da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), criado com o intuito de ampliar as exportações brasileiras aumentando a base de exportadores, realizou ontem a nona edição da sua premiação anual. Ao todo, 26 empresas paulistas de portes médio, pequeno e micro foram agraciadas por terem se destacado no comércio internacional ao longo de 2013.


Rogério Amato, presidente da ACSP e da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp), lembrou durante o evento dos desafios enfrentados pelas empresas, em especial as de porte menor, que operam no Brasil. "Hoje, quem está à frente de uma empresa luta contra um ambiente hostil. Por isso, mais do que exportadores, vocês são batalhadores", disse Amato a uma plateia formada por empresários premiados pelo Exporta, São Paulo.

"Diante das dificuldades, todos aqueles que se sobressaem nas suas especialidades merecem ser premiados", acrescentou o presidente.

Coordenador do projeto 'Exporta, São Paulo' José Cândido Senna, e o presidente da Boa Vista Serviços, Dorival Dourado.

Rogério Amato criticou a burocracia que dificulta a vida dos empresários. Ele destacou os possíveis problemas oriundos da criação do Siscoserv (Sistema Integrado de Comércio Exterior de Serviços), que entrou em operação recentemente. "Sempre tem um burocrata para dificultar a vida dos empresários. Eles querem mais informações dos empresários, mas não as usam para melhorar a vida de quem empreende", afirmou.

Vale lembrar que um estudo realizado pela Price Waterhouse, encomendado pela ACSP, mostrou que o número de obrigações acessórias representa um custo de 6% sobre as despesas média das empresas.

Ainda assim, em meio a este ambiente considerado hostil para se empreender, algumas empresas se destacaram e conseguiram ampliar seus mercados e sua pauta de exportação. Algumas destas empresas foram agraciadas com o Prêmio Exporta, São Paulo.

Critérios

Para se chegar aos vencedores foram considerados quatro critérios: maior crescimento relativo das exportações; maior ampliação da pauta de exportação; maior expansão dos mercados compradores e desempenho dentro dos países da Aladi (Associação Latino Americana de Integração). Estes critérios foram analisados com base nos resultados obtidos entre julho de 2011 e julho de 2012 e também entre julho de 2012 e julho de 2013.

Dentre as 26 vencedoras (tabela nesta página), duas foram premiadas pelas inovações incorporadas em seus produtos – estas foram indicadas pela Agência USP de Inovações –, uma pela adequação dos produtos ao mercado comprador – indicada pelo Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) – e ainda foram premiadas duas comerciais exportadoras, por terem se destacado como intermediárias entre as empresas exportadoras e os mercados.

'Hoje, quem está à frente de uma empresa luta contra um ambiente hostil. Por isso, mais do que exportadores, vocês são batalhadores', disse Rogério Amato, presidente da ACSP e da Facesp, em pronunciamento na festa de premiação. - Paulo Pampolin / Hype

Dorival Dourado, presidente da Boa Vista Serviços, administradora do Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC) que também esteve presente à premiação, destacou os benefícios gerados pelo fato de as empresas brasileiras estarem ampliando seus mercados para fora do País. "Para competir lá fora é preciso ter qualidade no que se produz. As empresas premiadas pelo Exporta, São Paulo mostram justamente que temos essa qualidade", disse Dourado. "Além disso, o mercado externo é um caminho para as empresas se defenderem de eventuais problemas no mercado interno", lembrou ele.

Banco de dados

As empresas premiadas fazem parte da base de dados do projeto Exporta, São Paulo. Hoje, 3,5 mil empresas se relacionam com o Exporta, São Paulo, número que representa cerca de 45% de toda a base de exportadores do estado, em torno de 7,6 mil empresas.

O projeto nasceu em 2004. Desde então, a meta vem sendo buscar pequenos produtores da Capital e do interior paulista que pretendam iniciar suas exportações ou então ampliar suas vendas no comércio exterior. Ontem, os campeões neste disputado mercado foram homenageados em cerimônia realizada no Novo Hotel Jaraguá, no Centro.

Inovação, tecnologia e muito trabalho
 
A Samtronic, empresa paulistana que produz equipamentos hospitalares, começou a se aventurar no mercado externo em 2001. Começar a exportar não foi simples. As características dos seus produtos, voltados à saúde humana, exigiram uma série de adequações às diferentes normas dos países compradores.

Vitoriosos: Bárbara Fernandes, Julio Costa e Caroline Ribeiro da Metso Automation do Brasil. - Paulo Pampolin/Hype
 
Mas hoje a empresa exporta para 65 destinos, sendo que no ano passado suas vendas externas representaram 7% das vendas gerais da companhia. A Samtronic foi uma das empresas agraciadas com o Prêmio Exporta, São Paulo 2013, justamente na categoria "adequação" ao mercado consumidor.
 
Outra empresa que pretende ampliar os mercados compradores é a Predilecta Alimentos, instalada no município de Matão. Ela exporta desde o ano 2000 e, hoje, suas polpas de doces e molhos de tomates, entre outros produtos, já chegam em cerca de 50 países.
 
Já a Metso pode ser considerada uma iniciante nas exportações, pelo menos o escritório da empresa instalado no Brasil, em Sorocaba, interior paulista. Trata-se de uma multinacional finlandesa que chegou ao País em 2003 com a missão de, a partir do Brasil, difundir seus produtos para a América do Sul. A Metso fabrica sistemas de automação industrial de válvulas usadas nas indústrias petroquímicas, de açúcar e álcool além das de papel e celulose. As exportações partindo do escritório da empresa no Brasil iniciaram em 2012. Já no ano passado cerca de mil itens foram vendidos para Venezuela, Chile e Argentina, entre outros.
Diário do Comércio
Calendário de eventos
Maio