A Marinha explica que serão feitos módulos antárticos emergenciais, para alojamento temporário do pessoal que fará o desmonte da Estação Comandante Ferraz no próximo verão antártico, que começa em novembro. Os módulos já estão sendo comprados, por meio de licitação, mas as obras só podem ser iniciadas no verão, quando se consegue atracar na região. A coordenadora para Mar e Antártica do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, Janice Trotte Duha, explica que o trabalho todo deve levar de cinco a sete anos. “Depois da remoção dos escombros será feito um pré-projeto, com a participação de cientistas, para a reconstrução da estação”, explica.
De acordo com a Marinha, 70% das instalações foram destruídos pelo incêndio que ocorreu há cinco meses, incluindo o prédio principal, onde ficavam a parte habitável e alguns laboratórios de pesquisas. Ficaram intactos os refúgios, os laboratórios de meteorologia, química e de estudo da alta atmosfera, os tanques de combustíveis e o heliponto, que ficam separados do prédio principal. Veículos e tratores que sofreram poucos danos foram trazidos ao Brasil para reparo, os demais permaneceram no local, cobertos com capas protetoras para enfrentar o inverno. De março a abril também foi feita a retirada de parte dos escombros, com prioridade para resíduos tóxicos e material perecível. Segundo Janice, os trabalhos de pesquisa não foram interrompidos e as perdas maiores foram mesmo de vidas (os militares Carlos Alberto Vieira Figueiredo e Roberto Lopes dos Santos, mortos ao tentaram combater o incêndio) e de R$ 5 milhões em equipamentos. “O que se perdeu de dados, que estavam nos equipamentos destruídos, foi muito pouco. Os pesquisadores mandavam os dados para o Brasil e muitos tinham back-up de tudo. Então, o trabalho não foi interrompido, já que a pesquisa científica não se restringe ao trabalho de campo.”
Atualmente, pesquisadores brasileiros trabalham em estações na Antártica de países parceiros como a Argentina e o Chile, assim como no navio polar Almirante Maximiano. Quatro militares estão hospedados na Base Presidente Eduardo Frei Montalva, que é chilena, e fazem visitas constantes para manutenção e inspeção da Comandante Ferraz. A coordenadora explica que as instalações, embora adequadas, estavam defasadas tecnologicamente, já que a estação tinha 30 anos. De acordo com Janice, as novas instalações serão feitas com equipamentos muito mais modernos e tecnologias sustentáveis, que não existiam na época. O Brasil desenvolve, ao todo, 23 projetos de pesquisa científica na Antártica. Entre eles, de observação atmosférica, geologia, ciências biológicas, monitoramento ambiental de baleias e algas, monitoramento climático e o projeto criosfera, que se desenvolve no interior do continente.
Fonte: Agência Brasil
Crédito/foto: Antonio Cruz e Arquivo/Abr
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