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Países árabes ainda são boa opção para empresários locais - 07/02/2014

As nações árabes continuam sendo importantes para o comércio exterior brasileiro. No ano passado, a corrente de comércio entre os países árabes e o Brasil alcançou US$ 25 bilhões. Apesar da queda de 2,5% na corrente em relação a 2012, a Câmara Árabe Brasileira afirmou que a quantidade exportada cresceu. No caso do Iraque, as exportações brasileiras cresceram 3,9% em 2013 ante o ano anterior.

O principal destaque foram as carnes. O Brasil exportou US$ 4 bilhões para o grupo de países e representaram mais de 10% das exportações brasileiras para a região. Segundo o diretor-geral da Câmara Árabe, Michel Alaby, 2013 foi um ano em que se analisarmos o comportamento das exportações para os árabes ante outros blocos o resultado foi bastante favorável.

Segundo Alaby, os mercados árabes podem ser uma alternativa para o Brasil devido ao que chamou de "crise na América do Sul". "É muito difícil se deslocar de um mercado para outro até porque as exportações da Argentina e para a Venezuela são de manufaturados, enquanto que para os árabes, os produtos são mais básicos", apesar disso, ele acredita que o aumento de missões, participação em feiras e a própria Copa do Mundo podem ajudar os empresários brasileiros a conquistarem ainda mais esse nicho.

Iraque

As relações comerciais entre o Brasil e o Iraque já foram bastante consistentes. Na década de 1980 o país árabe já foi o segundo principal parceiro comercial do Brasil, mas ficaram prejudicadas devido ao embargo econômico imposto pelas Nações Unidas em 1991.

Em entrevista ao jornal DCI, o vice-presidente da Câmara de Comércio e Indústria Brasil Iraque, Jalal Jamel Dawood Chay, disse que no período do embargo o país ficou completamente sucateado e por isso tem muitas oportunidades para empresas brasileiras, que podem ajudar a reconstruir a nação. "As expectativas para o país são boas, é uma questão de tempo e de administração e deve levar cerca de dez anos para uma reconstrução completa", colocou.

O maior empecilho atual para o comércio do país com o Brasil é a dívida. Segundo Chay, ainda há divergências entre os dois governos sobre isso, o que representa uma barreira ao aumento de exportações brasileiras para o Iraque. "Como houve o clube de Paris, os acordos da dívida só podem ser feitos nestes moldes", explicou o vice-presidente. Os 19 países membros perdoaram 80% da dívida com o Iraque.

Em 2013, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), a corrente de comércio entre os países chegou à US$ 972 milhões. Em 1989, o comércio era de US$ 1,8 bilhão. "O trabalho das embaixadas é fundamental para que possa aumentar o comércio em todos os setores", colocou o vice-presidente.

Petróleo e Turismo

Outro ponto destacado pelo representante da Câmara do Iraque foi a reserva de petróleo. O país tem a segunda maior do mundo mas devido ao sucateamento ainda é pouco explorada. A previsão é que neste ano de 2014 a produção totalize 3,8 milhões de barris por dia e em 2016 esse montante deve chegar a 5,4 milhões de barris por dia.

Ele ressaltou que o custo de produção do barril no Iraque é muito barato, um barril custa de US$ 1,5 a US$ 3 enquanto a média do pré-sal sai por cerca de US$ 45.

Um outro ponto de destaque é o turismo, tanto religioso quanto tradicional. Chay destacou as cidades sagradas de Najaf e Karbala que ainda são oportunidades para o desenvolvimento da rede hoteleira e de infraestrutura.

O vice-presidente da Câmara disse ainda que os empresários brasileiros precisam começar a ver o potencial do Iraque e "parar de ter medo".

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