Com o intuito de promover novas oportunidades de negócio, o Líbano e o Mercosul têm estruturado um acordo de livre comércio. Agora, o tratado está em vias de ser concluído. "Essa proposição teve início em 2010 e avançou em um ritmo lento. Depois de várias tratativas, de 75% a 80% das negociações estão concluídas. Faltam acordos de situações pontuais. Após esses detalhes, ele passaria por uma decisão política, que seria a assinatura e a ratificação do acordo entre o Mercosul e o Líbano", revela Alfredo Cotait, presidente da Câmara de Comércio Brasil - Líbano (CCBL), em entrevista exclusiva ao Jornal Giro News. O Mercosul é um bloco que foi fundado em 1991 por Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai, visando gerar oportunidades comerciais e de investimentos por meio da integração das economias.
Equilíbrio Comercial
Apesar da negociação avançada, não há previsão para que o acordo seja finalizado ainda em 2021. "O Líbano enfrenta hoje uma crise séria, então é muito difícil de esse processo seguir. Assim que passar esse momento mais crítico, voltaremos a discutir o acordo para chegar à uma posição final. É complicado dizer quando o acordo vai ser concluído, mas, talvez, no próximo ano, em um cenário sem pandemia e melhorada a crise no país", explica Cotait. Segundo o presidente, a exportação do Brasil para o Líbano gira em US$ 250 milhões a US$ 300 milhões e é focada em produtos agrícolas, carne e frango. "Já do Líbano para o Brasil, não chega a US$ 20 milhões. A ideia do acordo é equalizar e fazer com que os dois países cresçam em exportação."
Exportação de Novos Produtos
Além das vantagens em taxações, com acordos tarifários e exclusão de impostos, Cotait prevê que o tratado poderia mudar a logística praticada hoje para o recebimento de produtos no Oriente Médio. "Com o acordo de livre comércio, seria criada uma porta de entrada dos produtos brasileiros para o mercado do Oriente Médio, que tradicionalmente sempre foi o Líbano. Nas últimas décadas, isso foi transferido para Dubai. O Líbano poderia voltar a ser o centro de recebimento de produtos do Mercosul, para fazer a distribuição aos países da região. Também abriria caminhos para a exportação de azeite, vinho e outros itens que ele produz e são fundamentais para sua economia", conclui o presidente.
A notícia foi publicada pelo Giro News/São Paulo
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