Os governos do Brasil e da China lançaram nesta terça-feira um fundo de investimentos de US$ 20 bilhões destinado ao financiamento de projetos de infraestrutura de interesse comum para os dois países. Denominado Fundo Brasil-China de Cooperação para a Expansão da Capacidade Produtiva, o novo mecanismo de fomento receberá um aporte de US$ 15 bilhões do ClaiFund (Fundo de Cooperação Chinês pata Investimento na América Latina), e de US$ 5 bilhões da parte do BNDES e da Caixa Econômica Federal (CEF).
De acordo com o ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, que representou o governo brasileiro na lançamento do Fundo em evento para investidores em São Paulo, o BNDES e a Caixa serão os principais operadores da parte do governo brasileiro, mas projetos que eventualmente tenham a participação de outros bancos, inclusive privados, ou mesmo consórcios de bancos, também serão avaliados para receber financiamentos do Fundo.
Segundo Oliveira, o Fundo definirá os volumes a serem aplicados nos projetos. Os setores prioritários serão os de logística, energia, recursos minerais, indústria, serviços e agricultura.
-- Nossas expectativas são as mais altas, mas não há nenhum "track record" (histórico) que nos permitam fazer projeções sobre demanda e prazos (para a utilização dos recursos do fundo) -- disse Oliveira, em entrevista. -- Atuaremos não só nos financiamentos, mas na cooperação para viabilizar os projetos que possam ser incluídos no fundo.
A partir desta quarta-feira, segundo Oliveira, os interessados poderão encaminhar os projetos à secretaria de assuntos Internacionais do Ministério de Planejamento, para em seguida ser submetido a uma comissão bipartite que será constituída pelos governo brasileiro e chinês.
CRISE POLÍTICA
O ministro do Planejamento admitiu ainda que as turbulência políticas das últimas duas semanas têm impacto no andamento das reformas no Congresso. Perguntado sobre se com a crise o governo não teria perdido a força política para avançar nas reformas, ele disse:
-- A força política só pode ser medida com a votação do projeto. O que se faz antes é construir no Congresso o consenso necessário para levar à votação. Mas é evidente que há uma crise política, e que isso afeta a construção desse consenso. Mas não quer dizer que inviabiliza as reformas -- disse Oliveira, para completar: -- É um trabalho de construção política e acho que a delação (da JBS) atrapalha um pouco o processo.
- Missão comercial abre portas no mundo árabe para empresas brasileiras
- Em Seul, 'cardápio' de produtos brasileiros conquista mercado asiático
- Novo regime de origem do Mercosul simplifica regras e fortalece o comércio
- Santiago Penã, Presidente eleito do Paraguai, visita a Associação Comercial de São Paulo
- Balança comercial brasileira teve superávit de US$ 1,703 bilhão
- Departamento de Comércio Exterior da ACSP recebe visita do novo Embaixador da Turquia
- Exportações crescem 2,8% até terceira semana de junho
- Brasil e Reino Unido reforçam parcerias bilaterais em comércio e investimentos
- MDIC lança consulta pública sobre comércio exterior e desenvolvimento sustentável
- Departamento de Comércio Exterior da ACSP recebe Câmara Brasil China de Desenvolvimento Econômico pa