A economia da China desacelerou-se pelo sétimo trimestre seguido entre julho e setembro, ficando aquém da meta do governo pela primeira vez desde a crise financeira global, mas outros dados indicaram uma leve recuperação no final do ano. O Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 7,4% no terceiro trimestre ante o mesmo período do ano anterior, informou o Escritório Nacional de Estatísticas (NBS), dentro das estimativas dos economistas.
Os dados de produção industrial, vendas no varejo e de investimento ficaram ligeiramente acima das expectativas, e o crescimento do PIB na comparação com o trimestre anterior foi forte, sugerindo que o pior pode ter acabado, e que a segunda maior economia do mundo vai acelerar no último trimestre. Isso resultou num crescimento econômico anual de 7,7% nos nove primeiros meses do ano, colocando a China no caminho para atingir ou superar a meta oficial do governo para 2012 de 7,5%.
"Tivemos um crescimento de 7,7% em setembro, o que deu uma sólida base para alcançarmos a meta de crescimento para o ano todo. Portanto, estamos confiantes", disse o porta-voz do NBS, Sheng Laiyn.
Embora um crescimento do PIB de 7,4% seja motivo de comemoração em economias desenvolvidas afetadas pela recessão, isso representa uma forte desaceleração para a China, onde o PIB cresceu 9,2% em 2011 e teve uma taxa média anual de cerca de 10% por três décadas.
"Era esperada" – O diretor sênior de soberanos da Ásia da Fitch, Andrew Colquhoun, ratificou, ontem, que a agência de classificação de riscos não prevê um "pouso forçado" da China em 2012, e que apesar da preocupação dos investidores, o país asiático terá um crescimento do PIB em torno de 8% este ano. "A desaceleração da China era esperada, em dezembro tínhamos previsão de 8,2%, revisamos para 7,8% e talvez fique em torno de 8% em 2012", disse Colquhoun, durante seminário da Fitch, em São Paulo.
Na avaliação dele, a desaceleração da China é cíclica, e reflete a política oficial de reduzir a inflação por meio da limitação do crédito, após o forte crescimento de 2010. "Em 2010 houve estímulo forte, talvez exagerado, e de lá para cá pisaram no freio. Isso funcionou, com a inflação caindo para cerca de 2%", disse.
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