Por Marcelo Rech (InfoRel) - A China tomou o lugar do Brasil como principal parceiro comercial da Argentina durante o mês de abril a balança comercial bilateral registrou um superávit para os argentinos de US$ 98 milhões, depois de anotar sucessivos déficits de US$ 263 milhões em março, US$ 385 milhões em fevereiro e US$ 468 milhões em janeiro. As informações são da Câmara de Exportadores da República Argentina (CERA).
De acordo com o informe elaborado pela CERA, a tendência al equilíbrio desde o início do ano, em meio ao impacto da propagação do coronavírus, se produziu tanto por uma baixa nas importações desde a China como de um incremento dos embarques para esse país.
A importação de produtos chineses somou US$ 411 milhões em abril, sendo US$ 61 milhões a menos que em março, o que representou uma queda interanual de 40,3%. A análise da CERA mostrou um forte retrocesso nas importações da China, que em fevereiro alcançaram US$ 580 milhões, em janeiro somaram US$ 750 milhões e no ano passado oscilaram entre US$ 616 milhões e US$ 950 milhões mensais.
O ingresso de produtos chineses na Argentina em abril, ficou praticamente na metade da média mensal de 2019, e pouco mais de um terço dos níveis de 2017 e 2018. As exportações de produtos argentinos para a China, por outro lado, chegaram aos US$ 509 milhões em abril e registraram aumento de 50,6% interanual. Essas remessas experimentaram uma forte recuperação contra os US$ 225 milhões de março, os US$ 195 milhões de fevereiro e os US$ 282 milhões de janeiro.
Entre os principais itens exportados para a China, destaque para o feijão de soja (52% do total de vendas); carne congelada e desossada (29%); camarão (8%); gorduras e óleos animais ou vegetais (6%).
A Câmara de Exportadores detalhou que em abril a China foi o primeiro parceiro comercial da Argentina ao deslocar o Brasil, com 11,7% do total de vendas (em março a participação foi de 5,1%) e com 14,1% de importações (o mês anterior foi de 14,9%). Essa situação também refletiu o colapso do câmbio comercial entre Argentina e Brasil, de 44,7% em relação ao ano anterior.
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