O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, disse que a reunião dos ministros de Economia, da Fazenda e de Comércio Exterior do Mercosul, que começou ontem (30), vai revisar a doutrina do bloco. "Revisaremos tudo o que foi dito [sobre o Mercosul] pelos falecidos Néstor Kirchner e Hugo Chávez [ex-presidentes da Argentina e da Venezuela, respectivamente] e pelo ex-presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva. Porque nós acreditamos em um novo Mercosul, que seja um poderoso motor de coesão de uma nova economia sul-americana", declarou.
Maduro disse que a bloco deve ter como objetivo renovar-se e que a configuração de 1994 (quando foi criado) já é diferente da dos dias atuais. O presidente venezuelano destacou que a proposta da Venezuela é fortalecer a instituição regional para abrir caminho para o desenvolvimento da economia e do comércio. "Assim teremos um Mercosul integral, que nos leve à pobreza zero, à cultura integrada de nossos países e avance rumo à máxima felicidade de nossos povos", disse.
Os ministros brasileiros da Fazenda, Guido Mantega; do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel e o chanceler brasileiro, Luiz Alberto Figueiredo participam da reunião em Caracas. Segundo o Itamaraty, um dos temas em discussão será o acordo comercial entre o Mercosul e a União Europeia (UE). O bloco sul-americano deve apresentar uma proposta à UE até o fim deste ano.
O ministro de Relações Exteriores venezuelano, Elías Jaua, segue a linha defendida pelo presidente Maduro, falando sobre o desenvolvimento regional e maior integração. Jaua também defendeu a reintegração plena do Paraguai ao Mercosul. Ele esteve em Assunção, no começo de outubro. Venezuela e Paraguai iniciaram um processo de retomada da relações diplomáticas.
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