O aumento da competitividade das empresas de São Paulo será o foco do Conselho Paulista de Incentivo à Competitividade, criado nesta segunda-feira, em uma ação conjunta entre o governo do Estado e empresários.
Com empresários e entidades de classe, o conselho deve desenvolver políticas públicas de estímulo às empresas de São Paulo. “Queremos agilizar os processos para ter velocidade nos investimentos”, disse o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB).
O programa é chamado de “Compete São Paulo” e será discutido pelo conselho composto por cinco câmaras temáticas: desburocratização; inovação; formação de recursos humanos; infraestrutura e logística e promoção à competitividade.
Os membros de cada câmara serão escolhidos até o fim do mês e as primeiras reuniões devem ocorrer em abril. Até o fim de agosto, o conselho deve apresentar propostas de políticas públicas que podem ser incorporadas pelo Estado e devem constar no orçamento de 2014.
Alckmin ressaltou ainda que São Paulo tem o maior investimento previsto nos próximos anos entre os Estados, com carteira de projetos que chega a R$ 100 bilhões, sendo R$ 50 bilhões via Parcerias Público-Privadas (PPPs). “Investimento é emprego na veia. Isso atrai mais empresas e queremos dar maior competitividade para elas”, afirmou.
De acordo com o presidente do Investe São Paulo, Luciano Almeida, a busca será para que as empresas consigam produzir com condições de competir com produtos de outros países. “Quando se esgotar o modelo de consumo interno, as empresas nacionais precisarão atingir o mercado externo. Nas condições atuais, não compete com ninguém. Está mais caro produzir aqui do que nos Estados Unidos”, afirmou.
Entre as medidas, segundo ele, estão a melhora na qualidade da infraestrutura para diminuir os custos logísticos. “Temos que melhorar o acesso ao Porto de Santos e ao Porto de São Sebastião, além do reforço do modal ferroviário”, destacou. Entre as ações para desburocratização, Almeida lembrou a intenção de viabilizar a abertura de empresas em um dia. “Estamos com programa pronto. Para isso ainda faltam parcerias com o governo federal e municípios”, disse.
Questionado se o “Compete São Paulo é uma resposta aos Estados vizinhos que têm atraído empresas paulistas com redução de ICMS e outros benefícios, o presidente da Investe São Paulo reconheceu também o caráter de defesa do programa. “Esperamos que essa questão da alíquota do ICMS dos Estados seja votada até o fim do mês, mas temos que defender as empresas paulistas. Vamos procurar, dentro da legalidade, a proteção dos que produzem em São Paulo”, ressaltou.
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