Autoridades financeiras da Europa avaliaram como pior cenário possível o limite aos saques em caixas eletrônicos, a imposição de controles nas fronteiras e a introdução de controles de capital, pelo menos na Grécia, no caso de Atenas decidir deixar a zona do euro. A decisão pode ocorrer a partir do resultado da eleição marcada para o domingo, dia 17.
Fontes da União Europeia (UE) disseram que essas iniciativas são parte de uma série de planos de contingência. Elas enfatizaram que as discussões eram apenas sobre se preparar para qualquer eventualidade, do que planejar algo que eles achem que vá acontecer, mas ninguém disse esperar que a Grécia deixe o bloco monetário.
O ministro das Finanças da Bélgica, Steve Vanackere, disse no final de maio que era uma função básica de cada Estado-membro da zona do euro estar preparado para problemas. As discussões aparentam seguir nesse caminho. Mas com o aumento das incertezas políticas na Grécia seguindo a eleição inconclusiva de 6 de maio, e antes de um segundo pleito no próximo dia 17, há agora uma necessidade maior de se ter planos de contingência prontos.
Esquerda radical – As discussões foram feitas em teleconferências durante as últimas seis semanas, na medida em que cresceram preocupações acerca da possibilidade de o partido da esquerda radical, Syriza, poder ganhar a segunda eleição, aumentando o risco de a Grécia renegar o resgate da UE e do Fundo Monetário Internacional (FMI) e, portanto, ficar perto de abandonar a moeda comum.
Nenhuma decisão foi tomada nas teleconferências, mas membros da equipe de trabalho do Eurogroup, formado por ex-ministros das Finanças da zona do euro e chefes de departamentos do Tesouro, discutiram opções em detalhes, de acordo com as fontes.
Saques – Assim como limitar saques e impor controles de capital, eles discutiram a possibilidade de suspender o acordo de Schengen, que permite visto livre de viagem entre 26 países, a maioria da UE.
"Planejamentos de contingência estão em curso para um cenário no qual a Grécia deixe o euro", disse uma das fontes envolvidas nas teleconferências. "Limitar saques em caixas eletrônicos e movimentos de capital foi considerado e analisado."
Outra fonte confirmou as discussões, incluindo que a suspensão do acordo de Schengen estava entre as opções levantadas. "Não são discussões políticas, são discussões entre especialistas financeiros que precisam estar preparados para qualquer eventualidade", afirmou a segunda fonte.
- Missão comercial abre portas no mundo árabe para empresas brasileiras
- Em Seul, 'cardápio' de produtos brasileiros conquista mercado asiático
- Novo regime de origem do Mercosul simplifica regras e fortalece o comércio
- Santiago Penã, Presidente eleito do Paraguai, visita a Associação Comercial de São Paulo
- Balança comercial brasileira teve superávit de US$ 1,703 bilhão
- Departamento de Comércio Exterior da ACSP recebe visita do novo Embaixador da Turquia
- Exportações crescem 2,8% até terceira semana de junho
- Brasil e Reino Unido reforçam parcerias bilaterais em comércio e investimentos
- MDIC lança consulta pública sobre comércio exterior e desenvolvimento sustentável
- Departamento de Comércio Exterior da ACSP recebe Câmara Brasil China de Desenvolvimento Econômico pa