Em meio a uma avalanche de críticas e sanções impostas por seus parceiros no continente, o presidente do Paraguai Frederico Franco inicia uma ofensiva contra Brasil e Argentina, ameaçando cortar o fornecimento de energia de Itaipu aos dois vizinhos. Como existe um contrato, reforçado por tratados internacionais, Franco terá de percorrer um longo percurso para cumprir sua ameaça. E o primeiro passo é submeter sua decisão ao congresso, por meio da proposição de um projeto de lei, o que ele promete fazer até dezembro. O diretor geral brasileiro da Usina Hidrelétrica de Itaipu, Jorge Miguel Samek, declarou à Agência Brasil que não está nem um pouco preocupado com as declarações de Franco. “Itaipu tem contrato e tratado que estabelecem claramente formas de compra [de energia] e de funcionamento [da usina]. Eles compram a energia necessária para o país e o que não consome é comprado pelo Brasil”, disse. Uma vez enviado, o texto será analisado e votado pelos parlamentares, que não tem prazo para concluir o processo. E o Paraguai terá eleições presidenciais em 13 de abril, na qual Franco não poderá se candidatar. O acordo prevê que o Brasil e a Argentina fiquem com o excedente de energia de Itaipu, não consumido pelo Paraguai. Sarmek explica que pelas regras atuais, o único fato que poderia reduzir o fornecimento de energia da usina para o Brasil seria o aumento do consumo do país, o que depende também do crescimento do parque industrial. Paralelamente às ameaças, Franco anunciou que o governo lançará uma campanha de incentivo para os empresários nacionais e estrangeiros para que invistam no país, de forma a incrementar o setor industrial das regiões de San Pedro e Concepción.
Fonte: Agência Brasil/IPParaguay
Crédito/foto: Divulgação/Itaipu
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