Europeus esperam que o acordo comercial costurado entre Mercosul, liderado pelo Brasil, e União Europeia contemple também a redução de barreiras burocráticas.
Segundo a ministra de Comércio Exterior da Holanda, Lilianne Ploumen, há a expectativa de que sejam incluídos no debate entraves não tarifários ao comércio entre os dois blocos.
Ela citou como exemplos a concessão de vistos de trabalho temporário para estrangeiros e a liberação mais veloz, na alfândega, de equipamentos para uso no Brasil.
A Holanda é fornecedor de equipamentos da indústria de petróleo, e as empresas do país se queixam da burocracia para operar no Brasil.
A ministra, que está no Brasil em uma missão comercial com 42 empresários holandeses, disse que o país pretende estreitar negócios nas áreas de petróleo, logística, construção naval, agricultura e energia sustentável.
"Estamos muito interessados em um acordo de livre comércio entre Mercosul e União Europeia", afirmou ela, que avaliou como "promissor" o início de negociações lançado pelo Brasil.
O governo brasileiro prepara uma proposta de livre comércio entre os dois blocos que prevê a redução gradual das tarifas de importação a fim de zerá-las em até 15 anos.
"Do nosso lado, podemos pressionar a União Europeia para acelerar o processo e começar a negociação assim que for possível", disse Poulanne. "A América Latina é interessante, pois em muitos países há uma classe média consumidora emergente e a economia está crescendo, o que não acontece no meu país neste momento."
Procurado, o Ministério do Desenvolvimento e Comércio Exterior brasileiro não se pronunciou até a conclusão desta edição.
No Brasil, empresários holandeses já oferecem serviços para a Copa do Mundo no ano que vem, como a tecnologia de controle de multidões. Segundo Poulanne, técnicos holandeses já estão prestando serviços como o controle de torcidas rivais sem o uso de violência.
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