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Implantação de processos para melhoria da gestão logística na indústria têxtil - 27/04/2017

 

Quinto maior produtor têxtil do mundo, o Brasil fabricou, em 2015, 6,7 bilhões de peças de vestuário, meias e acessórios, cama, mesa e banho e é considerado referência mundial em design de moda praia, jeanswear e homewear. O País se destaca, ainda, por atuar em toda a cadeia produtiva da confecção, desde a produção das fibras até os desfiles de moda1.

Para garantir o funcionamento eficaz de todas as etapas da transformação da matéria-prima em produto final a ser entregue para o consumidor, os provedores de logística ocupam papel de alta relevância. Para se ter uma ideia da complexidade do processo de fabricação, uma peça, dependendo do seu modelo, pode ser transportada, durante sua fase de produção, de 3 a 13 vezes entre a fábrica central e os endereços dos fornecedores de benfeitorias (bordado, estamparia, efeitos especiais, etc).

Outros números também ajudam a exemplificar a complexidade dessa operação. A AMC Têxtil, por exemplo, dona de marcas como Triton, Forum e Colcci, possui necessidades de expedição de até 110 mil peças/dia e produz mais de 80 mil itens diferentes em cada coleção. E toda esta complexa logística da companhia é feita in house pela FedEx, em um centro de distribuição de 9.600 mlocalizado em Itajaí (SC).

A sazonalidade da indústria da moda, que acarreta picos e vales de demanda expressivos é outro desafio que exige modelos e processos logísticos capazes de garantir a fluidez da operação sem desgastes e perdas. No caso da AMC Têxtil, em 2016, o pico de demanda de agosto foi aproximadamente 700% maior do que a registrada em janeiro. Para fazer a modelagem dessa operação, a FedEx implementou sua metodologia própria chamada Quality Driven Management (QDM). O método, empregado pela empresa no mundo todo, visa proporcionar um desempenho de negócios superior, minimizando resíduos, custo e esforço.

 

Mudança na gestão operacional

A implementação do QDM começou em agosto de 2014 e foi feita a quatro mãos (FedEx e o cliente). A primeira etapa tinha como principal objetivo melhorar o canal de comunicação com a AMC Têxtil e a capacidade de armazenagem do Centro de Distribuição de Itajaí. Feito isso, foi dado início à revisão dos processos de picking que culminou na implantação de três novos modelos adequados ao volume da operação: pickings unitário (indicado para pedidos grandes), múltiplo (para pedidos menores) e por estação (pedidos médios). Os funcionários foram treinados nesse novo sistema e a mudança trouxe um aumento superior a 20% na produtividade média por operador e uma queda de 30% nas falhas de picking.

Mudanças na gestão do estoque também causaram melhorias significativas. Alterações no layout do centro de distribuição aumentaram em 40% a capacidade de armazenagem por drive (sistema usado para armazenagem). A redução entre as alturas dos níveis de estoques resultou na ampliação de cinco para sete prateleiras, sendo duas exclusivas para armazenamento. Em setores específicos, como Mostruário, por exemplo, passou a ser utilizado o picking múltiplo, o que reduziu a zero a taxa de falhas no processo.

A organização do estoque e a ampliação de sua capacidade, junto com o controle de falhas operacionais e outros projetos internos liderados pelo próprio time local, resultaram na melhora da acuracidade do estoque, superando a meta estabelecida de 99,95%.

Muitas vezes, a solução para problemas complexos pode estar em medidas simples, que surgem quando se tem foco na operação e conhecimento técnico e dos elementos que compõem o desafio a ser superado. Processos em exagero podem engessar a operação, mas quando usados na medida certa funcionam como alavanca para o desenvolvimento do negócio.

1 http://www.abit.org.br/cont/perfil-do-setor



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