O grupo de logística e freight forwarding U-Freight (UFL), com larga presença no mercado asiático, anunciou que, para a próxima conferência anual, realizada em setembro, em Xangai, terá o e-commerce como foco central de suas atividades. Com olhos para o crescimento da atividade, grupo pretende examinar o comércio eletrônico do ponto de vista logístico, aduaneiro, fiscal e mercadológico.

Simon Wong, CEO do grupo, que mantém sua sede em Hong Kong, afirmou em comunicado oficial: “Será uma oportunidade valiosa para promover entre todas as afiliadas do grupo o intercâmbio de informações atualizadas nesta importante área de logística internacional, que muito provavelmente conduzirá o crescimento das empresas de estatura semelhante à nossa no mundo todo”.

A U-Freight demonstra especial interesse em capitalizar as oportunidades oferecidas pelo volume disparado de mercadorias compradas online, ou de agentes internacionais, assim como acontece também no mercado consumidor chinês.

A empresa deve reunir mais de 100 representantes dos escritórios da UFL espalhados pelo mundo, bem como sua rede de agências, incluindo EUA, Europa, Oriente Médio, América Latina, Austrália e Nova Zelândia, além dos escritórios espalhados por toda a Ásia. O evento, que acontece nos dias 1 e 2 de setembro em Xangai, deverá avaliar a trajetória e planejar as estratégias das diversas iniciativas da empresa voltadas para o e-commerce.

Wong explica também, que, de acordo com o instituto de pesquisas chinês CECRC (China E-Commerce Research Center), o número de adeptos ao comércio online na China deve crescer, dos 18 milhões registrados em 2014, para 35,6 milhões em 2018, enquanto o valor de transações transoceânicas originadas em compras pela internet deve saltar, de US$ 22 bilhões para US$ 150 bilhões.

"A UFL tem quase 50 de experiência no transporte internacional de cargas. Já vimos conduzindo estudos para avaliar os impactos internacionais do e-commerce na China há algum tempo, além de termos conseguido a certificação da alfândega chinesa como empresa credenciada para a atividade de logística internacional voltada para o e-commerce”, garante o CEO.

Wong complementa ainda que as regulações para o comércio eletrônico, especialmente nas importações da China, são bastante recentes, e muito poucos players do mercado têm total compreensão das regras. “Para proteger os interesses do consumidor, fortalecer o monitoramento da segurança das mercadorias e garantir a receita tributária do país, o governo chinês vem implementando procedimentos bastante rígidos de inspeção, além de mecanismos de quarentena, que fortalecem a regulamentação do mercado e padronizam procedimentos”.

Segundo o executivo, um dos diferenciais da U-Freight para atender ao segmento de logística do varejo eletrônico é o sistema da empresa, habilitado a conectar plataformas de e-commerce/e-shop diretamente com a alfândega chinesa, garantindo a transparência de dados exigidas pelas autoridades do país. O principal propósito da conferência anual será, portanto, transmitir a mensagem de que a U-Freight está de fato capacitada para atender às novas exigências do e-commerce de maneira legítima.